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Leia na narração do reporter da R7:
"A final de um campeonato do game de luta
Super Street Fighter 4
parou a Campus Party, evento de tecnologia que aconteceu em São Paulo
na semana passada. Renato Mascarenhas, de 20 anos, foi o vencedor em uma
emocionante disputa, que fez os campuseiros – como são chamados os
participantes da festa – agirem como torcidas organizadas de futebol,
vibrando a cada lance. Mascarenhas não contava com um outro desafio
depois da peleja: eu.
Assisti ao combate e vibrei com os campuseiros no telão da área de
games. Mascarenhas escolheu o personagem Cody, que veste roupas de
presidiário e veio da série de games
Final Fight. Seu oponente
na final era Josué Pontes, que escolheu a personagem musa entre os
gamemaníacos: Cammy. Ambos tinham velocidade de tirar o fôlego nos dedos
que comandavam o controle do videogame Xbox 360.
Nunca joguei
Street Fighter 4, mas a mecânica era parecida com a
das versões dos anos 90, época na qual eu acompanhava todos os
lançamentos. Em um determinado momento de uma das partidas
de Mascarenhas rumo à final, ele apanhou feio. Desabafei para mim, mas
em voz alta.
- Esses caras não são tão bons assim.
Infelizmente, um campuseiro ouviu e me desafiou a jogar com qualquer um
que estava na disputa. Incompreensivelmente, topei o desafio. Fui até os
organizadores para pedir um cantinho para disputar uma partida - uma
coisa discreta, tranquila. Depois até entrevistaria o campeão.
Meu desejo não foi atendido. Logo depois da final, o narrador esbravejou
no telefone que ia acontecer outra luta emocionante na sequencia da
final.
- É o repórter do
R7 desafiando o campeão. Vamos ver, galera. Oooooo.
“Ooooo” é o grito-símbolo da Campus Party. De repente, sem razão, um
nerd berra “ooooooo” e logo é seguido por outros em todos os cantos do
salão. As cerca de 600 pessoas que estavam grudadas no telão, filmando e
fotografando o evento, replicaram o grito. Fiquei intimidado.
Cumprimentei Mascarenhas. Ele logo desviou o olhar para tela. Não, dali não iria sair a mínima compaixão.
- Você tem que apertar para prosseguir.
Ah, ok. Se dependesse de mim, a tela ficaria parada por algumas horas.
Aperto o tal botão e escolho o personagem Ryu. Esse é do meu tempo de
guri. Aos 25 anos, minha memória começa a falhar. A torcida pedia para
eu soltar “hadouken”, o golpe característico do personagem japonês.
Investi no terror psicológico.
- Vim te desafiar para ver se não tem marmelada nesse campeonato.
Ele nem ouviu ou fez que não ouviu minha frase de efeito. Ao jogo então.
No primeiro round, eu causei alguns danos... na retina dos
gamemaníacos, que pareciam nunca ter visto antes um personagem de
videogame com tanto medo do combate. Fui para o canto do ringue e fui
espancado de forma agressiva e humilhante. Em 19 segundos, Mascarenhas
venceu o primeiro round. Meu Ryu nem encostou no Cody dele. Ao invés de
me apoiar, a torcida ria e pedia para ele bater mais forte em mim. Eles
queriam meu sangue.
O segundo round foi, de verdade, emocionante. Consegui emendar uma
sequencia com especial que deixou Mascarenhas com quase nada de energia.
Um soquinho e ele cairia, para a minha glória momentânea.
Por questão de honestidade, devo revelar que ele jogou parte do segundo
round com apenas uma das mãos, à pedido do narrador que nesse momento
mais ria do que relatava a partida.
Mascarenhas me derrotou, se levantou e foi para galera. Não tinha moral
para pedir uma entrevista com ele, que subia em cadeiras e levantava os
braços à Rocky. Enquanto caminhava para a sala de imprensa, a gracinha
final, para acabar com a minha moral.
- Pelo menos ele não ganhou de você em 18 segundos.
Fiz que não ouvi a frase de efeito."
Esse post foi feito na narração do repórter da R7, pois foi um improviso em breve vou editar todos os posts pegados de outros sites.